Fundação celebra protocolo com Celorico de Basto e Habitat
Em cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho, foi celebrado em 20 de julho de 2017 um protocolo entre a Câmara Municipal de Celorico de Basto, a Associação Humanitária Habitat for Humanity e a Fundação Manuel António da Mota, que estabelece formas de colaboração que permitam viabilizar a construção de raiz ou a recuperação de habitações de famílias carenciadas deste concelho.
“Estamos hoje a assinar um protocolo que tem por objetivo fazer coisas boas junto dos mais carenciados, unindo vontades e determinação de uma sociedade solidária. Demos as mãos para proceder a intervenções de vária ordem nas habitações que não têm dignidade, apoiados em entidades, mecenas e voluntários num esforço conjunto para alavancar este processo” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva em alocução proferida na cerimónia. O edil celoricense reforçou que se está a “dar um passo percursor que irá despertar sensibilidades e aguçar o engenho para fazer a mudança na vida de pessoas carenciadas. Este passo, público, demonstra a vontade das partes num projeto que se foi objetivando, um projeto que inicia hoje, de interesse público, e que carece do envolvimento de toda a comunidade que, com o seu contributo e ajuda fará toda a diferença. Juntos iremos fazer coisas novas, que funcionem e que melhorem a vida das pessoas” concluiu.
Este protocolo envolve três parceiros mas conta com a colaboração de toda a comunidade, sobretudo voluntários que “se organizam e ocupam o seu tempo a ajudar os outros” como referiu a presidente da Direção Habitat for Humanity, Helena Pina Vaz. De facto, a Habitat é uma associação que tem como princípio “ajudar em colaboração com os donos da habitação a construir a sua própria casa, num mundo onde todos têm direito a um lugar digno onde morar”.
A participação da Fundação Manuel António da Mota neste protocolo surge da “forte ligação simbólica e afetiva a Celorico de Basto, uma vez que o seu epónimo Manuel António da Mota, fundador da Mota & Companhia (hoje Mota-Engil), nasceu na freguesia de Codessoso deste concelho. Mas também por verificar que a habitação é um direito consagrado constitucionalmente, que as carências habitacionais existem, que o problema é pertinente e que se torna por isso um exemplo claro onde devemos investir. Por outro lado, este projeto necessita de um forte envolvimento e apropriação pela comunidade local sempre com o apoio da Habitat que tem grande capacidade de colocar meios no terreno e de conseguir resultados. Com esta união de esforços com o Município e a Habitat iremos mobilizar todos as ajudas para resolver um maior número de situações carência habitacional, num curto espaço de tempo e a custos reduzidos” disse Rui Pedroto, Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da Fundação Manuel António da Mota.
Este protocolo abrange as famílias mais carenciadas sendo a seleção e triagem das famílias a apoiar feita por uma comissão de famílias que procede ao levantamento de carências habitacionais segundo os critérios da Habitat e do Município previamente estabelecidos, mediante elementos fornecidos pelas entidades locais. A elegibilidade como família candidata depende do pressuposto prévio da sua incapacidade em adquirir ou recuperar, com recursos próprios ou recorrendo a financiamento bancário ou de terceiros, uma habitação a preços e condições normais de mercado ou candidatar-se de forma viável a programas habitacionais da responsabilidade das autarquias locais ou da administração central do Estado.